Filosofia aplicada - Uma questão de responsabilidade
| Artigo de Opinião |
Saltando de forma propositada o ponto da regulação profissional da fisioterapia, que não é actualmente feito por fisioterapeutas em Portugal (ausência de ordem profissional), a questão que se coloca é:
Qual a responsabilidade individual de cada um de nós, em relação à profissão?
Responsabilidade institucional
A proposta da constituição de uma ordem de fisioterapeutas está em apreciação na Assembleia da República actualmente, como devem saber (1). Proposta esta suportada pela confederação mundial de fisioterapeutas (WCPT), tendo em consideração as características, do próprio país (2) (as ordens profissionais não existem em todos os países).
Em Portugal, o organismo representativo mais próximo é a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (3).
Na impossibilidade de assumir total responsabilidade pela profissão, a questão que coloco é: de que forma é que a podemos assumir individualmente?
Responsabilidade social
Na faculdade temos várias disciplinas que falam frequentemente de códigos deontólógicos, muito bem definido pela WCPT por exemplo (4), dentro da ética profissional, mas também falamos da ética médica e dilemas bioéticos.
Mas algo que claramente nunca ouvi: as raízes da ética, propriamente dita, e quando digo raízes, refiro a noções como responsabilidade social. Destaco particularmente os trabalhos desenvolvidos pelos filósofos Simone De Beauvoir e Henry David Thoreau (podcast, 5).
Como podemos transpor estas noções de responsabilidade social para a nossa prática individual?
Responsabilidade individual
- Até que ponto é que não estamos a usar outras profissões com maior nível de liberdade/responsabilidade (nomeadamente a carreira médica) para relegar a nossa própria responsabilidade?
- O nosso código deontológico inclui estudar constantemente de forma a nos mantermos actualizados, seguindo uma prática baseada na evidência (5), reportar a nossa avaliação de forma o mais objectiva possível, saber comunicar com outros profissionais de saúde e mesmo com os nossos próprios pacientes, inclusive responsabilizar-mo-nos sobre todos os aspectos da comunicação... É assim tão assustador levarmos até às últimas consequências a nossa responsabilidade?
- E, por último... A quem cabe o dever de trabalhar pela nossa liberdade profissional? A nós mesmos, ou esperamos que outros decidam fazer esse trabalho/luta por nós?
Responsabilidade institucional
A proposta da constituição de uma ordem de fisioterapeutas está em apreciação na Assembleia da República actualmente, como devem saber (1). Proposta esta suportada pela confederação mundial de fisioterapeutas (WCPT), tendo em consideração as características, do próprio país (2) (as ordens profissionais não existem em todos os países).
Em Portugal, o organismo representativo mais próximo é a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (3).
Na impossibilidade de assumir total responsabilidade pela profissão, a questão que coloco é: de que forma é que a podemos assumir individualmente?
Responsabilidade social
Na faculdade temos várias disciplinas que falam frequentemente de códigos deontólógicos, muito bem definido pela WCPT por exemplo (4), dentro da ética profissional, mas também falamos da ética médica e dilemas bioéticos.
Mas algo que claramente nunca ouvi: as raízes da ética, propriamente dita, e quando digo raízes, refiro a noções como responsabilidade social. Destaco particularmente os trabalhos desenvolvidos pelos filósofos Simone De Beauvoir e Henry David Thoreau (podcast, 5).
Como podemos transpor estas noções de responsabilidade social para a nossa prática individual?
Responsabilidade individual
- Até que ponto é que não estamos a usar outras profissões com maior nível de liberdade/responsabilidade (nomeadamente a carreira médica) para relegar a nossa própria responsabilidade?
- O nosso código deontológico inclui estudar constantemente de forma a nos mantermos actualizados, seguindo uma prática baseada na evidência (5), reportar a nossa avaliação de forma o mais objectiva possível, saber comunicar com outros profissionais de saúde e mesmo com os nossos próprios pacientes, inclusive responsabilizar-mo-nos sobre todos os aspectos da comunicação... É assim tão assustador levarmos até às últimas consequências a nossa responsabilidade?
- E, por último... A quem cabe o dever de trabalhar pela nossa liberdade profissional? A nós mesmos, ou esperamos que outros decidam fazer esse trabalho/luta por nós?
Uma questão de responsabilidade.
Referências
1) http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063446f764c324679595842774f6a63334e7a637664326c756157357059326c6864476c3259584d7657456c4a535339305a58683062334d76634770734e6a4d314c56684a53556b755a47396a&fich=pjl635-XIII.doc&Inline=true
2) https://www.wcpt.org/policy/ps-regulation
3) http://www.apfisio.pt/
4) https://www.wcpt.org/guidelines/standards
5) http://philosophizethis.org/
6) https://www.wcpt.org/policy/ps-EBP
(Texto recuperado de Fevereiro 2019)
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